Qual o segredo para conduzir uma instituição de ensino para que ela cumpra sua missão que é oferecer excelência em educação? A resposta passa pela gestão escolar.
Não importa o tamanho da escola, o método de ensino utilizado e nem o tamanho de sua estrutura. No fim das contas o que toda instituição de ensino quer é oferecer educação de qualidade, formar bons alunos e ter uma boa relação com as famílias.
O problema é que, em meio a tantos desafios da administração da escola, muitos diretores nem conseguem pensar nessa missão. Eles estão atolados com demandas, “pepinos” e reclamações que parecem se multiplicar.
Veja bem: não estamos falando em administrar a escola a partir de tarefas burocráticas e decisões isoladas. O conceito de gestão escolar está relacionado a uma visão muito mais abrangente da instituição, à melhoria de processos e a decisões planejadas, que levarão a essa eficiência desejada.
É claro que a definição do currículo escolar, a capacitação dos professores e todas as demandas relacionadas à área pedagógica estão entre as principais ações de uma escola. Mas, se a direção priorizar a gestão escolar, então vai garantir uma base sólida para que todas as áreas funcionem em harmonia. Essa é a única forma de garantir resultados expressivos em qualidade de educação.
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O que é gestão escolar?
A gestão escolar se caracteriza pela direção da instituição de ensino a partir da perspectiva de negócio. Isso não tem nada a ver com foco em lucro e muito menos com mudar a missão da escola. Pelo contrário, o gestor leva em consideração não apenas os objetivos da instituição, mas também sua cultura, o mercado que está inserida, os diferenciais a oferecer. É um olhar muito mais amplo para a escola.
As ações do gestor escolar estão voltadas para melhorar os processos dentro da escola infantil. É ele que vai garantir que as rotinas sejam cumpridas, que os recursos sejam utilizados de forma sustentável, que os alunos estejam aprendendo e se desenvolvendo, que os professores estejam motivados.
Mas, como? Isso nem parece humanamente possível, certo? É que ele não vai fazer nada sozinho. E é aí que a administração escolar se difere da gestão escolar. O gestor não terá tarefas burocráticas ou técnicas, como fechar o valor da matrícula ou, ainda, definir o currículo escolar. Ele vai delegar isso aos responsáveis. A verdade é que ele será um guardião do planejamento e dos processos internos.
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Enquanto um administrador cria e disponibiliza bons recursos para a condução da escola, o gestor faz o planejamento e determina a forma como esses recursos serão utilizados para que a instituição atinja sua missão. A gestão escolar é totalmente orientada por resultados e, por isso, usa da melhor forma possível cada ativo que a escola tem: recursos financeiros, estrutura, educadores e demais colaboradores.
O que cabe dentro dessa gestão escolar?
Como já dissemos, a gestão escolar abarca todas as áreas da escola infantil: desde as mais burocráticas como secretaria e financeiro, até as que estão diretamente ligadas à atividade-fim da escola, como a área pedagógica.
O gestor não vai executar todas as tarefas, mas ele precisa monitorar todos os processos e garantir que cada atividade funcione da forma adequada, de acordo com o planejamento.
Conheça algumas dessas áreas e como a gestão escolar pode atuar nelas:
Gestão Pedagógica
A elaboração do currículo escolar é uma tarefa destinada aos educadores, mas antes disso a gestão escolar atua na construção da base. De forma colaborativa, ela vai construir os princípios da educação naquela escola, definir e aprimorar as metodologias de ensino e estabelecer metas para a área pedagógica. O objetivo da gestão nessa área é garantir o ensino de qualidade.
Gestão Administrativa
O gestor atua junto ao administrador na garantia de uma ambiente adequado para o ensino. Isso inclui a manutenção do patrimônio, o desenho eficiente das rotinas da secretaria e o fluxo de compras de materiais ou suprimentos. O planejamento da gestão escolar ainda inclui todo o estudo e ações para que a escola cumpra as leis e diretrizes relacionadas à atividade daquela organização.
Gestão Financeira
A missão da gestão escolar no financeiro é assegurar que as contas estejam equilibradas e o recurso aplicado de forma eficiente. Para isso, o gestor participará do planejamento de entrada e saída de recursos, criação de estratégias para diminuição de custos fixos e redução de inadimplência, além de ações para aumento de novas matrículas. A gestão deverá desenhar os fluxos para que os recursos sejam destinados às áreas sem furos ou desperdícios.
Gestão de Pessoas
Cuidar das pessoas é uma das missões mais importantes da gestão escolar. O departamento de RH permanece com suas funções de contratação e retenção de talentos, mas o gestor vai além.
Ele vai criar processos para incentivar a formação continuada dos educadores, para promover engajamento dos colaboradores e disseminar a cultura da escola infantil.
É importante que o gestor pense, por exemplo, em ferramentas que facilitam as rotinas dos funcionários ou, ainda, que melhoram a comunicação com os alunos e suas famílias.
Como começar? Veja dicas práticas:
É comum se sentir perdido diante da grandiosidade da missão da gestão escolar. De fato, a tarefa é complexa, mas, por outro lado, é só por meio dela que a escola vai conseguir simplificar seus processos. O que quero dizer é que vale a pena o trabalho inicial para criar uma boa gestão. Os resultados compensam!
Certo, você já se convenceu de que esse é o melhor caminho. Mas, por onde começar, afinal? Nós preparamos algumas dicas que podem ajudar:
Planejamento é a palavra!
A gestão escolar não existe sem planejamento. Essa é, inclusive, uma das grandes diferenças entre o conceito do administrador para o gestor numa instituição de ensino. Não dá para conduzir uma escola apagando incêndios, agindo sob demanda e tomando decisões a toque de caixa. Em todas as áreas que o gestor atuar ele precisa de um bom planejamento em mãos, que leva em consideração a missão da escola, os objetivos com aquele setor e as metas.
Analise a concorrência
Como boa parte dos gestores escolares vêm do mundo da educação e não dos negócios eles não estão habituados em pensar em concorrência. Mas, não há problema algum em analisar as escolas que atendem o mesmo público que a sua instituição.
Não tem nada a ver com espionar ou copiar ideias, mas com aprender sobre o mercado em que sua instituição está inserida. Ao analisar a concorrência, a gestão aprende boas práticas e inova.
Olhe para dentro
Analisar o que acontece no mercado é ótimo, mas olhar para sua própria instituição e fazer uma reflexão profunda sobre seus processos é vital.
Essa análise interna deve incluir tanto o levantamento de falhas e furos, quanto os diferenciais que a organização tem a oferecer. Uma boa forma de praticar autoanálise é fazendo perguntas como: Onde sempre é preciso apagar incêndio? Quais tarefas demandam mais tempo dos colaboradores? Quais os principais feedbacks positivos?
Comunique-se!
Um gestor escolar precisa, acima de tudo, se comunicar bem. Entenda: não adianta fazer uma belo planejamento se ele não for comunicado adequadamente à equipe. É essencial que os colaboradores participem do processo de construção das metas e que também sejam incentivados para que elas se tornem cultura.
Tenhas as ferramentas certas
Uma boa gestão escolar também precisa de ferramentas eficientes para ajudá-la a dar conta do desafio. Um software que facilita processos do financeiro, da secretaria, da comunicação e de outras áreas é essencial para garantir a organização das informações e diminuir os erros.
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